Como é que se domestica um elefante? Quando ele é jovem e tem pouca força, atamos-lhe a pata com uma corda a uma árvore enorme. Por mais força que faça, ele não se consegue libertar. Quando é adulto e tem muita força, basta atá-lo com uma volta de cordel a um tamborete, que ele nem sequer vai tentar libertar-se.
Como é que se domestica uma águia? Apanha-se a cria muito pequena, e esconde-se-lhe sempre um segredo que só nós sabemos: que ela, se quisesse, poderia sobreviver sem o ser humano, e que não precisa dele para nada. Pode-se deixá-la voar que ela volta sempre.
Como é que se domestica uma pulga? Coloca-se a pulga dentro de um frasco pouco maior que ela. A pulga, de início salta, mas bate sempre de encontro à tampa. Até que aprende que saltar é inútil. Então, podemos tirá-la do frasco e pô-la em cima de uma mesa que ela já não se consegue mover daí.
É assim que uma condicionante é um Destino. É assim que julgamos ser uma coisa quando somos outra. O "arquitecto" fez bem o seu trabalho, ao fazer-nos crer que a nossa definição acaba onde começam as nossas limitações, a ponto de nem tentarmos olhar para "o lado de lá". Será que Buda nasceu Buda? Ele fez-se Buda; ele limou cada centímetro de ferro das grades da sua prisão.
Nota: Para esclarecimento de arquitecto e o Nirvana de Buda, estes foram abordados em posts anteriores.
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