«(...) O estado que descrevem recebeu de Mihaly Csikszentmihalyi, o psicólogo que durante duas décadas de investigação recolheu inúmeros relatos deste tipo de desempenho óptimo, o nome de "fluxo". Os atletas conhecem este estado de graça como a "zona", onde a excelência se consegue sem esforço, em que o público e os adversários desaparecem numa maravilhosa e continuada absorção no momento. (...) No fluxo, as emoções não são apenas contidas e controladas; são positivadas, energizadas e alinhadas com a tarefa entre mãos. (...) É uma experiência gloriosa: a característica específica do fluxo é uma alegria espontânea, um êxtase. (...) as pessoas em estado de fluxo ficam tão absortas no que estão a fazer que perdem toda a consciência de si mesmas (...) os momentos de fluxo são despidos de ego.» - Daniel Goleman, Inteligência Emocional, 2ª parte, capítulo 6
Pelos vistos esta história de despir-se do ego não é só "conversa" oriental para ocidental dormir. Obviamente não se fala aqui de misticismo, nem de Nirvana, nem de sentar-se na posição de lótus, mas é uma boa aproximação. Note-se que os exemplos citados por Goleman referem-se a atletas olímpicos, jogadores de xadrez, cirurgiões, engenheiros, gestores e simples empregados de escritório; não de místicos, gurus ou iluminados da meditação. Há que ter a capacidade de não categorizar as coisas sem nelas ter pensado bem e começar-se a vislumbrar o que elas querem dizer; de, ao menos, pressenti-las para lá do que elas dizem.
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