domingo, 28 de março de 2010

A luz

Não desejo possuir
Nem ser possuído
Já não procuro o Paraíso
e mais importante, não temo o Inferno.

O remédio para o meu sofrimento
Desde o princípio que o tinha em mim
Mas não o tomei.
A minha dor provinha de mim próprio
Mas só o constatei neste momento.

Agora vejo que nunca encontrarei a luz
A menos que, tal como uma vela,
Eu seja o meu próprio combustível
Consumindo-me...

The Silent Flute, 1978

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